Objetiva demonstrar a imortalidade do Espírito e a condição que ele usufruirá no Mundo Espiritual, como conseqüência de seus próprios atos. Estabelece um exame comparado das doutrinas religiosas sobre a vida após a morte. Mostra fatos como a morte de crianças, seres nascidos com deformações, acidentes coletivos e uma gama de problemas que só a imortalidade da alma e a reencarnação explicam satisfatoriamente. Kardec procura elucidar temas como: anjos, céu, demônios, inferno, penas eternas, purgatório, temor da morte, a proibição mosaica sobre a evocação dos mortos, etc. Reúne exemplos acerca da situação da alma durante e após a desencarnação.
Vivemos, pensamos e operamos – eis o que é positivo. E que morremos, não é menos certo. Mas, deixando a Terra, para onde vamos? Que seremos após a morte? Estaremos melhor ou pior? Existiremos ou não? Ser ou não ser, tal a alternativa. Para sempre ou para nunca mais; ou tudo ou nada: Viveremos eternamente, ou tudo se aniquilará de vez? É uma tese, essa, que se impõe.
Todo homem experimenta a necessidade de viver, de gozar, de amar e ser feliz. Dizei ao moribundo que ele viverá ainda; que a sua hora é retardada; dizei-lhe sobretudo que será mais feliz do que porventura o tenha sido, e o seu coração rejubilará.
Mas, de que serviriam essas aspirações de felicidade, se um leve sopro pudesse dissipá-las? Haverá algo de mais desesperador do que esse pensamento da destruição absoluta? Afeições caras, inteligência, progresso, saber laboriosamente adquiridos, tudo despedaçado, tudo perdido! De nada nos serviria, portanto, qualquer esforço no sofreamento das paixões, de fadiga para nos ilustrarmos, de devotamento à causa do progresso, desde que de tudo isso nada aproveitássemos, predominando o pensamento de que amanhã mesmo, talvez, de nada nos serviria tudo isso. Se assim fora, a sorte do homem seria cem vezes pior que a do bruto, porque este vive inteiramente do presente na satisfação dos seus apetites materiais, sem aspiração para o futuro. Diz-nos uma secreta intuição, porém, que isso não é possível.
A humanidade desenvolveu-se ao longo dos séculos sob domínio do medo, o mais forte subjugando o mais fraco, o mais inteligente convencendo o menos instruído, etc; Este pragmatismo que conduz a raça humana, é constantemente reforçado pelo dogmas religiosos de práticas herdadas de civilizações primitivas, cujo objetivo em sua época era preparar os Homens para sua reforma íntima e o melhor entendimento das leis universais que regem o cosmos. A eterna condenação dos homens segundo sua conduta moral é intensamente aplicada até hoje, a política do medo é o pilar que suporta a maioria das religiões até hoje.
Este livro veio com o objetivo de esclarecer determinados fatos deste contexto, atenuando esses temores de castigo eterno e de Deus vingativo que condena seus filhos. O que ele nos traz é a verdade absoluta que somos responsáveis por nossos atos, ninguém é absolvido de sua dívidas sem o completo entendimento de nossos erros e arrependimento sincero e humildade no reconhecimento. Exemplos muito claros de diversos cenários condenatórios que trazem à tona a realidade de nossa conduta.
Autor: Allan Kardec
Editora: FEB
Páginas: 281
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