Estudando "O Céu e o Inferno": Capítulo I - O Porvir e o nada, Item 3

Estudando "O Céu e o Inferno": Capítulo I - O Porvir e o nada, Item 3














Primeira parte - Doutrina

Capítulo I

O porvir e o nada


3. Suponhamos que, por uma circunstância qualquer, todo um povo adquire a certeza de que em oito dias, num mês, ou num ano será aniquilado; que nem um só indivíduo lhe sobreviverá, como de sua existência não sobreviverá nem um só traço: Que fará esse povo condenado, aguardando o extermínio?

Trabalhará pela causa do seu progresso, da sua instrução? Entregar-se-á ao trabalho para viver? Respeitará os direitos, os bens, a vida do seu semelhante? Submeter-se-á a qualquer lei ou autoridade por mais legítima que seja, mesmo a paterna? Haverá para ele, nessa emergência, qualquer dever?

Evidentemente o caos seria instaurado caso a humanidade perdesse a fé na vida futura, visto que o homem ainda reserva egoísmo em seu desespero. Quando o homem perde sua fé ele se apega apenas à sua necessidade material, atendendo seus desejos carnais com imediatismo e se perde nessa ilusão, não resguardando sua vida futura. Se essas ações por si só, já não são demasiadamente desastrosas, sabemos que nos corações dos incrédulos há mais arrogância e egoísmo do que incredulidade, há mais dúvida do que certeza, carregando mais medo de tudo se extinguir para o nada do que demonstram na realidade. De fato os incrédulos representam minoria e, nesse cenário, se toda a humanidade se tornar incrédula então toda a sociedade irá se desfazer.

Independente das consequências do evento apresentado, é necessário aceitar com serenidade, pois nada e nenhum comportamento conseguirá suprimir o acontecimento se for desígnio divino. É notável que o cepticismo, a dúvida e a indiferença ganham terreno a cada dia. Mas, se a religião é impotente para sustentar a fé, é porque lhe falta algo na luta. Se nos detivermos por obstáculos do cotidiano, e deixarmos nos desanimar por alguns ignorantes, então a batalha estará perdida e a ordem da fé será dissolvida no tempo.

Em nosso tempo buscamos sempre compreender antes de crer, e o que nos falta é a presença de fatos positivos apresentados pelas doutrinas e sua consonância junto à ciência. Apresentar fatos racionalmente notáveis alegando "verdades" distorcidas para submeter seu "código de fé" é oferecer ao interlocutor a escolha da verdade ou da fé cega. Sejamos sensatos, porque o planeta já explora a era da razão, o raciocínio lógico é natural dos homens e nossa evolução constante nos ensinou a analisar todas as ações e abstrairmos o que nos parece melhor ao julgamento individual. Dessa maneira, o homem como ser racional, reserva a necessidade de apurar fatos antes de aceitar o ato. Ações controversas que ofendem o bom senso já não convencem pelo mito divino que as religiões preconizavam, é necessário reformar nossas condutas e liderar pelo exemplo.

Obrigado pela paciência e até o próximo estudo, 
Paz e Luz sempre.

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