Estudando "O Livro dos Espíritos": Questão 3

LIVRO PRIMEIRO - As causas primárias

Capítulo I - Deus

I - Deus e o Infinito

3. Poder-se-ia dizer que Deus é o infinito?

R."Definição incompleta. Pobreza da linguagem humana, insuficiente para definir o que está acima da linguagem dos homens".

Allan Kardec adiciona ainda uma nota: "Deus é infinito em Suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus : é o infinito é tomar o atributo de uma coisa pela coisa mesma, é definir uma coisa que não está conhecida por uma outra que não está mais do que a primeira."

Nós, Espíritos encarnados, estagiando neste grau de evolução, representamos uma fagulha diante do Universo. Como seres imperfeitos e limitados não temos nenhuma compreensão do que é o infinito, e quem dirá Deus. A pobreza da linguagem dos homens não permite expressar a grandeza do Criador, sendo a Suprema Majestade do Universo, Inconcebível e Incomparável.

Devemos nos contentar em sentir Deus em todas as coisas, deixando a compreensão de toda a sua complexidade para o nosso coração, sentindo o Amor dentro de nós e expressando da maneira mais correta o que é sentir Deus. Somente o amor nos faz compreender o que é Deus.

Apenas com o progresso evolutivo é que despertaremos em nós conhecimento progressivo sobre o Criador e, pelas mãos do tempo haveremos de compreender. Somos Espíritos imortais, inseridos no Universo infinito em constante movimento. Usamos de todos os meios para conhecer o desconhecido, através da razão, ciência, filosofia e até mesmo buscando através da religião. E com todo esse esforço enxergaremos que somente através do amor mais puro é que sentiremos nosso Pai mais próximo de nós, pulsando em nossos corações e dizendo: "A paz seja convosco", traduzindo toda a felicidade do seu calor espiritual.

Sabendo que qualquer comparação ou definição que atribuirmos a Deus é incompleta e, por não encontrarmos outro significado para defini-lo, atribuímos então que Deus é Amor.